HOMENAGEM À REVOLUÇÃO CUBANA E REPÚDIO AO BLOQUEIO DOS EUA!

 









O ÚLTIMO OLHAR DE CHE

inabalável em seus propósitos

para além do corpo caído inerte

aquele olhar se eleva pujante

 

alcança as mais vívidas estrelas

como nova e eterna morada

da coragem sempre vibrante

 

busca paisagens de outras eras

e retorna convicto da inspiração

com o brilho certo e incessante

 

desanuviando os temores daqueles

que têm a humanidade como pátria

para seguirem sempre adiante.

Sandro Silva 

 

FIDEL

  
Para que serve o mundo
Se pés descalços não tem   pão?

Por que uns vivem tanto e bem
Se outros morrem de inanição?

Para que serve o mundo
Se existem analfabetos e desnutrição?

Para que serve a civilização :
de um lado  explorados, de outro exploração?
.
Qual o destino do homem
.no olhar famélico da precisão?
.
Para que serve a consciência:
construir  o coletivo  ou resignação ?

Para que serve o mundo
de versos vazios, sem ação?

 

Marcia Tigani

Baseado no célebre discurso de Fidel na ONU

 

CARIBENHA

 

Epifania no mapa

das minhas crenças

: a Ilha sob o fogo

violeta do planeta.

 

Cuba Velha

Havana Bela

descaso do mundo

 

Nuvens se esgarçam

sobre suas luzes.

Asas que me trazem

de volta arrastam

para ela meu olho.

 

Em meu peito incendiado

por sua luta à liberdade

o crepúsculo ecoa.


Angélica Torres Lima

 

 CARIBEÑA


Epifanía en el mapa
de mis creencias
: la Isla bajo el fuego
violeta del planeta

Vieja Cuba
La Habana hermosa
inatención del mundo

Nubes destrozadas
sobre tus luces
Alas que me traen
de vuelta llaman
hacia ella mi ojo

En mi pecho en llamas
por tu lucha por la libertad
el crepúsculo rompe. 

 

Tradução Hélio Doyle

 

  

1959

[Em solidariedade a Cuba]

 

Por vezes a travessia não transcorre

em deserto-mares-miragens

mas em solo

                 em selva

                          em serrap

na marcha-a-marcha resoluta

no brado audaz de homens bons

 

Por vezes travessias alcançam
aquele ponto do mapa e do          atlântico

aquela ilha riscada a faca

(as margens são firmes

as muradas, magníficas

e as ondas rebentam dentro)

 

Ali no gesto-a-gesto destemido

o coração rubro da revolução

a fuga rasteira do tirano

E nos ombros da latina América

o aceno largo

a flor-mariposa

a guitarra antiga

a alegria há tanto guardada

 

Em azul, blanco y rojo

o milagre possível

incandesce comovido

: el Tocororo

 – enfim –

reacende o canto

estende as plumas

recobra o voo

e – em paz –

tolda o mundo.

 

Luciana Barreto, 26.07.2021

 

*Tocororo é o pássaro-símbolo de Cuba.

  

HUMANA FLOR DE HAVANA


Eis o quanto é necessário
abolir a verdade agônica.
Abrir a palavra até alcançar o mar
como a porta descobre uma ilha.

Mais do que uma porta: um porto
de onde se parte o acontecimento -
essência que nunca afasta
seu valor concreto.
Fruto humano de cada dia
semeado em terra revoluta.

Cada cabeça com sua fatia do azul
onde a vida - círculo de novo sangue -
forja o dia de imensos olhos
e cristalino tato.
Braços dados medindo a distância.
Veias em busca de um poro.

Ao tocar tais imagens
à continuidade da outra margem
(que ainda se preserva na fala)
o verbo elabora uma história
em torno da matéria.
Língua necessária para descrever
fenômenos do seu tempo
e juntar-se ao tempo da sua história.

Como se o verso reagisse
validando com a aurora
um lugar na esfera da ternura.
Pleno gesto de agora
que move a minha mão.
Havana flor humana.

 

Sidnei Olívio

 

 AO SOM DA MARACA, DO TAMBOR E DO BAMBU

 

 

alicia dança

no buraco do tempo

 

cantantes do embargo

chevrolet chrysler cadillac

buzinam ao pôr do sol

na malecon do beira-mar

 

alicia dança

uma beleza escondida

 

nos prédios da resistência

pelo passeo de josé marti

barbudos da sierra maestra

no hotel havana libre

 

alicia dança

sagrada sabedoria sincretizada

 

umbanda santeria candomblé

xangô, iemanjá, oxóssi

do altar do paladar*

ao callejón de hamel

 

alicia dança

tempo interdito

 

no buick 1959

um casal de noivos

em la bodeguita del medio

lê ernest hemingway

 

alice dança

 

Jorge Amancio

 

26/07/2021

 

 

*paladar - restaurantes que funcionam dentro das casas de famílias cubanas.

 

 LAGARTO VERDE QUE DANÇA

Para Nicolás Guillen 

 

O império da América se recente da revolução

Com a arma de controlar nações

tira o prato mas não tira a fome

que se alevanta como resistência

 na ilha mais ilhada

 

A Havana velha

olha para o futuro extirpado

 

Do outro lado o cristo erguido

entre raios

ironicamente ri do embargo

 

Cuba resiste

como a Floresta de Havana

 

Celebra os sorrisos afrocubanos

e  os ritmos na sua raiz Yorubá

 

Cuba alimenta os olhos

e dói nas ruas...

 

Fulgêncio Batista não levou ninguém à escola

Trouxe a burguesia yankee!

Já os cubanos expelem emoções na rumba

 pantomina da fertilidade!

 

Renascer a contrapelo das adversidades

rumbear  sem medo da sombra imperialista

maracas, marímbulas, tambores  e coragem!

Viva Shangó e oggún!

Obbatalá! Justiça e paz

 

Solidária Cuba ensina:

nunca rastejar...

Envergar só para a rumba

Viva Shangó e oggún!

Obbatalá! Justiça e paz

 

Marli Fróes

 

MÁQUINA DO MUNDO


para o poeta mestre Cláudio Daniel



nada se compara a esse entardecer

a lágrima do sol avermelha o rio

sem culpas esculpe desejos no silêncio



mas quem verdadeiramente se importa?



e no entanto essa beleza impregna de avessos

a delicadeza que finda na luz que se despede



tão pouco ofereceu esse dia que parte

talvez um minúsculo fragmento de folha

sendo levada sem rumo

pousou seu desvelo aos meus pés

e depois partiu em frêmito alucinante



mas quem verdadeiramente se importa?



entretanto agora nesse porto

esvaziado de opacidades

desprende cheiros familiares

algo não tangível

porém me escapa seu sentido

se há algum

transborda preso na garganta

do tamanho de um navio atravessado



mas verdadeiramente

alguém se importa?



a escuridão chega

e nos abraça implacável

vislumbro longe

às fragilidades que o mundo sussurra



despido do tempo que o dia me furtou

reparo nas indeléveis cicatrizes

que os cravos dilaceraram no centro das mãos



e nesse exato instante

revela-se a epifania das infinitudes

perfumes óleos avelãs

a mirra o incenso e o indecifrável



subitamente desaguam

desconcertantes



acendo o último cigarro

caminho sobre às águas turvas

anoitecidas sem compaixão



na margem orixás

babalorixás me saúdam

homens e mulheres registram nos celulares

ambulantes oferecem bugigangas



todos aguardam



antes de tocar as pontas dos dedos

na pele úmida do afluxo



uma esfera esdrúxula

circunspecta drummondiana

de cor incerta

emite permanentemente

um mantra stotram

cruza o céu de ponta a ponta

em porto alegre



mas me diga leitor

quem verdadeiramente se importa?



José Couto

 

 

CUBA

Minha juventude amou pessoas e países,

mas não soube compreender-te.

Quase nada dizia de tua beleza

e alardeava teus defeitos.

Agora, nos reencontramos.

Nada de aurora vermelha,

apenas uma tímida manhã.

Já não tens amigos fortes

e eu, se ainda não sou um velho,

também não sou mais um niño.

Estás enfraquecida e eu também

e uma ardente paixão nos ameaça.

 

Ah! louca ilha,

dorso exposto

de animal marinho,

os arpões rasgam tua carne

e o Caribe lateja

com os teus gritos

de dor e socorro,

freme com tua oceânica bravura!

Falta leite, arroz, carne,

gasolina,

falta quase tudo e resistes.

... enquanto dormimos, comemos,

trabalhamos, resistes...

 

O pretenso senhor de todos,

que polui de sangue todos os mares,

sentenciou cruel condenação:

o oceano que te unia ao mundo

agora te isola dele.

Mas resistes.

 

Apostam lotes de ações, dúzias de uísques,

que não duras mais que uma semana;

apostam caixas de champanhe

que voltarás ser um fausto cassino,

um lascivo prostíbulo.

Mas resistes.

 

Ah! teimosa ilha, louca ilha,

que insistes em cultivar

o ideal de homens livres.

Tua resistência é óleo cru

que alimenta o sonho.

É um soco na pança do rei.

 

Quem está sitiada no meio do oceano?

Somente uma ilha?

O animal que açoita a água salgada

com a cauda,

que sangra,

mas sabe

que não pode se render,

é o direito dos Povos

à liberdade,

é o direito de ter

somente a solidariedade

como senhora e senhor!

 

Adalberto Monteiro

 

CINCO ESTRELAS

 

senhor da guerra

o medo, sabemos, é tua arma mais

poderosa

só não mais que nossas utopias

transcontinentais

senhor da guerra

teu míssil - um dia - explodirá no vazio

do teu túmulo de flores amarelas

senhor da guerra

nada, porém, nada impedirá

nossos sonhos de paz

Marcos Freitas

 

ESTRELA BRANCA

 

O tabaco fez a fama

dessa terra de prodígios.

Contra os diques de cinismos

e os cifrões que os adornam,

sua gente empunhou

reforma agrária, justiça,

pão e liberdade,

erguida sobre barbas

e ossos guerrilheiros.

 

Pequena ínsula,

pátria da revolução

esplendor da iberoamérica,

move sentimentos

que império algum,

do lucro e logro,

poderá aniquilar.

 

Celso Vegro

 

 

GRITO DE PROTESTO

 

Subo as escadas da favela, 

embrenho-me por becos e vielas.

Trago do asfalto as marcas do

preconceito esdrúxulo da burguesia.

 

Sou favelado, meu irmão

quer saber como é ? 

me pergunta: moro aqui !

 

Quer saber como é Miami,

Punta Del Leste, Paris ?

pergunta aos ricaços 

eles passeiam por lá.

 

Cuidado, rapaz, sou dono da boca 

que beija,

pragueja, protesta, 

da boca que grita,

Fora imperialistas! 

Quero meu país de volta. 

 

Ismar Lemes

 

 

CANÇÃO PARA CUBA

Ah, América Latina!

Veias, fronteiras abertas,

rios rubros no solo

do combate à exploração

que lhe impõem como sina.

 

Latinidade é luta

contra os eternos algozes,

os canibais do Norte,

que lhe arrancam, a golpes,

a dignidade e a voz.

 

Do Atlântico ao Pacífico,

ancorando no Caribe,

onde uma ilha resiste

ao monstro imperialista

e sua sanha assassina.

 

Com honra, força e fibra,

a gente da pequena ilha

ousou sonhar nosso sonho

de igualdade e justiça,

desvelando hipocrisias.

 

Che, Fidel e Cienfuegos,

com outros idealistas,

mostraram ao mundo todo

que sempre será possível

uma outra forma de vida.

 

Em que sejamos irmãos,

e jamais concorrentes.

E que a riqueza de um

não seja a miséria do outro,

pois que espelhos recíprocos.

 

Desde Sierra Maestra,

a lição apreendida

reverbera mundo afora,

incomodando os cretinos

que gestam planos de mortes.

 

O exemplo vivo e presente

da ilha que tanto amamos

inspira-nos, hoje e sempre,

sermos revolucionários.

Pois somos, todos, cubanos!

 

Edelson Nagues

Brasília, 26/7/2021

 

 

* * *

As possibilidades rítmicas de Cuba 

Não prescindem as santerias 

Onde resistem orixás da cultura nagô 

O amor às mandingas e às danças 

Pelas quais os tambores falam 

Em língua salsa 

Em língua rumba 

Habaneras de Cuba 

Da Hespanha islâmica 

O fela à míngua 

A cultura flamenca 

O velho exílio na Holanda 

Cuba sob os perigos 

Da flauta de Pan 

Atravessar as florestas 

Do mundo 

As fronteiras 

Dos cultos 

A mistura das tribos 

De bárbaros 

São negros, indígenas, e cabeludos 

Por quem se apaixonam 

As doces virgens 

Propriedades privadas 

Da cultura cristã 

Ora! São bárbaros! 

Ora, é a barbaridade 

Dos deslocamentos 

Do que se alimentam  

Os grandes dragões 

Da indústria cultural 

Ora, é a barbaridade 

Dos trabalhos forçados 

Do que se alimenta 

O feroz capital 

Alto lá! 

E a dignidade? 

Reviravolta 

É o que se quer da luta 

É o que se viu em Cuba 

Hay que endurecer 

Sem perder a ternura 

JAMAIS!! 

#####

Digam o que digam 

De tantos países 

Quais utopias ainda resistem? 

Quais países ainda são livres? 

 

Digam de Cuba o que dizem 

Todos países são ilhas 

Cercadas de armas 

Cercadas de cargos 

Que enquadram civis 

Que exaltam soldados 

 

Digam o que dizem de Cuba 

Que vivem a revolta em fagulha 

E tem Cuba em tantos países 

E tem socialismo em soldados 

E rebeldia em civis 

Povos que almejam ser livres 

Mas vivem cercados 

Qual ilhas 

Wall Street por todos os lados 

 

Dizem o que dizem 

Que todos são livres 

E se Cuba lançar? 

E se Cuba lançar? 

E se Cuba lançar? 

Ações no mercado 

Que dizem ser livre 

Isso é culpa de quem? 

 

Infeliz de quem diz 

Que tem culpa Cuba 

Se Cuba ralhar? 

Se Cuba ralhar? 

Se Cuba ralhar? 

Do buraco fechado 

Do livre mercado 

Mais fácil passar um camelo 

No furo da agulha 

Que furar o bloqueio 

Causa de tanto aperreio 

Então não tem culpa Cuba 

Mas tem culpa quem? 

 

Infeliz de quem diz 

Que tem culpa Cuba 

Se quem produz culpa 

Produto da indústria 

Da culpa em comércio 

Em oferta pras massas 

Que a culpa balança 

Estruturas daqui e dali 

Então lança 

A culpa pra cá 

A culpa pra lá 

A culpa pra cá 

A culpa pra lá 

Até encalhar 

Daí que a culpa é da culpa 

Que ninguém compra 

Então empurra a culpa 

Que a culpa é tua 

Que a culpa é de Cuba 

Que a culpa é desculpa 

Pra culpa que Cuba não tem 

 

Ninguém diz que a culpa 

É de quem lucra com a culpa 

Lucra com a culpa 

Lucra com a culpa 

E procura com a lupa 

E diz que tem culpa oculta 

Na bolsa, no bolso da calça 

Nas meias, por dentro da fralda 

E até no carrinho do neném 

Procura, procura, e não acha 

Aponta a culpa de graça 

Em quem tem 

Em quem não tem 

Investiga quem lucra com a culpa 

Mas Cuba não ganha um vintém!  

##### 

“Ou Cuba acaba com a saúva 

Ou a saúva acaba com Cuba” 

Metacarpo Quaresma 

- em paráfrase a Lima Barreto 

##### 

Enquanto Cuba grita o embargo 

Aqui também pinça a palavra 

Está entalada na garganta 

Nosso olhar, nossa voz 

(limitados) 

Também vamos gritar! 

Em sinais e programas 

Liberdade no app - um alarde 

Um recado: 

Esta imagem está prestes a cair 

É um serviço pago 

Informação submissa 

Ao estado 

Das coisas 

Das tarjas 

Essa falta de ar 

A censura atua dentro do celular 

Onde estão nossos dados 

Os que rolam 

Não por sorte 

São dados viciados 

Dados por nós 

Dados aos que nos roubam 

A vida privada - não mais 

Sua face será palmilhada 

Em detalhes 

Você mal se conhece 

Mas eles sabem 

Sua voz é sua 

Seu olhar é seu 

A roupa que veste 

Questão de propriedades 

Sua voz é sua 

Mas se disser Cuba 

Tem tradução automática 

Tem sensores nas máquinas 

O falso faro e disparo de alarmes 

Pode ser a maior conversa fiada 

Uma análise profunda 

Se disser Cuba 

Está sujeito ao embargo 

Letreiros, setas, mapas 

Você se esconde debaixo da cama 

O GPS lhe acha 

Dentro do armário não fica 

A palavra livre 

Não é livre 

É proibida 

Tarjada 

Cuidado! 

Silêncio 

Ou sua live será banida 

Só outro perfil riscado 

A palavra livre 

A cidadania 

Esta “LIVE” 

Está preste a ser excluída 

A liberdade que temos é essa 

É sua 

É USA 

E se não gostou... 

VÁ PRA CUBA!!! 

##### 

Ir ou não ir pra Cuba? 

...mas que pergunta... 

Por que não ir pra Cuba? 

Por que não ir pra Lua? 

Se temos linhas aéreas 

Postais de praia, rum 

Camisetas do Che Guevara 

Ver detalhes pitorescos da ditadura? 

...então... 

Vá pra Cuba! 

Se temos foguetes 

De Elon Musk 

Promessas de férias 

Em gravidade zero 

Entre pedras, crateras 

Restos da guerra nuclear 

Uma rota de fuga? 

...então... 

Vá pra lua! 

...que perguntas... 

A cabeça flutua 

No lusco fusco 

Do consumo 

No lustre fosco 

Dos produtos 

No xucro lucro 

Dos brutos 

Sobre os pobres 

De pensamentos 

Quando alternam 

Extenuantes horas de trabalho 

E gastos pueris 

O salário empenhado 

Em amenidades 

Doses fortes de qualquer troço 

E revistas de viagens 

Tão raras quanto rasas 

Pelas quais já se julgam bravos 

Cidadãos do mundo... 

Que consumo? 

Você é duro, José! 

Ir ou não ir pra Cuba, pra Lua? 

...mas que perguntas... 

Quer saber? 

Você é duro, José! 

Vá pras ruas, José! 

Quer saber? 

Vá pra luta que te pariu!! 

 

Poeta Xandu dos Ratos

 

 

 

 

 

 

Comentários

  1. Acho que foi uma grande e necessária homenagem.

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  2. Bravo! Grandes poetas por uma grande causa - Cuba Libre!

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  3. Muito boa homenagem, sempre actual na luta contra a opressão imperialista e por uma Humanidade fraterna e sábia...

    ResponderExcluir

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