UM POEMA DE MÁRCIA TIGANI

 











SINA

 

A palavra que contemplo

é  enigma:

sonho reverso

à rotina natural.

Acolhe-me na madrugada

e pela manhã me mata.

 

A palavra que contemplo

é rude:

essa  com a qual  flerto

não é  vida, nem  morte

Pedra bruta, campo árido

Signo da sombra?

Ou nuvem de sorte?

 

Eu  a  contemplo  

e  à um só tempo

vejo-a nua, em seu  sono

inerte e mineral.

.

Não tem pele ,ou rima

Argamassa(ou sina?)

Poema  ocasional.

 

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