UM POEMA DE FABÍOLA LACERDA
à noite, a ludomania marítima mata amsterdã
por três vezes.
meu coração atravessa a faixa
da ponte e sobre as marolas de "blood"
(sob)
a cidade assinala
três cruzes brancas
à cada noite que
acaba, assassi nada pelo mar
a vida foi uma
prisão escreveu no último bilhete
lászló veermeulen
antes de pular dentro da boca
escura de moby.
foi do décimo sexto andar e
era noite aquela
tarde e será night tantas outras
tardes em que a
jubarte não usará foice
para atravessar
joão rita e ana em sua jugular
os corpos em xis a
cruz em xis de saint andrew
é o que vemos
entre as poças vermelho colóide
o asfalto é novo é
quase negro é cinza noir
vermelha e
luminosa é a face da morte dentro de teus olhos de nácar
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