UM POEMA DE MÁRCIA TIGANI
HOMENS DE JOELHOS
Estão contritos os
homens
com suas falas metálicas
mãos enlaçadas
como títeres de asfalto
com suas falas metálicas
mãos enlaçadas
como títeres de asfalto
São homens de preto:
perjuram pernósticos
na sala sombria
a refrega da rua
perjuram pernósticos
na sala sombria
a refrega da rua
São homens
piratas:
suas nódoas escondem
(na equação do dia)
tragédia e arremedo
suas nódoas escondem
(na equação do dia)
tragédia e arremedo
Estão de joelhos
os homens
Estão de tocaia
Cospem difusas orações
de suas bocas sujas
Estão de tocaia
Cospem difusas orações
de suas bocas sujas
Salvem, homens
impolutos
imaculados psicodélicos
alucinações induzidas
na turba histérica
imaculados psicodélicos
alucinações induzidas
na turba histérica
Salvem,homens de
joelhos
sobre humus, sobrehumanos
nessa terra estranha
que jaz em postas.
sobre humus, sobrehumanos
nessa terra estranha
que jaz em postas.
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