UM POEMA DE MARIA MARTA NARDI














VIVA, AINDA
Há homens reunidos no lado de lá,
almas de fogo,
estampidos.
Treinam olhos, 
bocas
e tímpanos.
Escorrem ódio
e combustível.
Onde estão as falas evoluídas?
Ouço palavras novas com velhos sons.
Mais aterrorizantes, 
impossível.
Tudo grita ao redor.
A verdade, desconstruída:
fatos, fraudes, fakes.
A ferida democrática,
ainda viva.
Hoje vamos matar alguém.
O rompido das palavras contra
absorve a vil simetria.
Não cairão os versos.
Não soltaremos as mãos.

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