UM POEMA DE MARIA MARTA NARDI














CANÇÃO DO AMANHÃ
Quanto ainda falta
para nos livrarmos 
deste obstáculo?
Há pó
e pólvora,
sangue,
em mãos de aço
O tempo anda para trás
Posso sentir seus movimentos
e ouvir seus passos:
são como cascos
Quanto ainda falta
para nos livrarmos
deste cansaço?
Um elefante anêmico
ergue as patas
de faísca e armas
Há entre nós medos antigos
e um endereço obscuro
feio, feito a tortura
A lua, uma faca,
que um facínora
amola, amola.

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