UM POEMA DE SCHEILA SODRÉ











UNTITLED
Não importa quem sejam eles
mas quem você pensa
que eles são
o que sente
no café da Paris
dos anos 30
bebericando absinto
je t’aime
disparo tiros baixos nas fadas dançantes no assoalho
demônios múltiplos
Incubus líricos de Balaam
cabeças-duras cabeças secas
do tabuleiro mármore
o tornozelo da moça e seus sapatos negros com saltos de ampulheta
cristais no olhos crisântemo
pétalas pálidas de asa borboleta camadas de epiderme fina
vendendo a alma por trocados
fãs de fadas e bebidas
fumée fumée a fumaça da cigarrilha
com quem te deitas?
amor amigo atirador oh fascistas de olhos fechados
enganando tolos
folhas ao vento em todas as direções
Quem você pensa que eles são?
Animais?
Ânima, alma ou anjo?
raça humana?
raças de cães?
fenótipos da mesma fagulha
abismo-me
são pessoas?
nação de soldados e engrenagens
post morten ?
rigor mortis?
É o fim? Fim dos sonhos
Levantai-vos ou animais-vos.

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