UM POEMA DE LOURENÇA LOU

NO LIMIAR DO DESCONHECIDO

preciso de algo maior do que eu
menos olhos
menos ouvidos
mais silêncios a me envolver
preciso devolver-me à alguma descrença
a qualquer passo
aos mais baixos mistérios
minha existência não se explica na física quântica
e a morte é um corte que se aprofunda
nesta secreta esperança de perenidade
de quanto afeto precisarei
para perdoar esta mão que está a se retirar da minha?

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