UM POEMA DE MARIA MARTA NARDI













A noite põe olhos
nas janelas
dos apartamentos

Olhares vizinhos
estendem angústias
abafadas
Novos dilúvios

Tempo, pêndulo
que se curva
sobre nós

Uma sede
excessiva
chicoteia
a garganta

O homem à frente
acaba de estrangular
um cigarro

A mulher,
desborda
solares espasmos

Latejam em suas
veias preces
retóricas

Do silêncio da lua
uma promessa
avermelha
o céu.

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