UM POEMA DE DIRCE CARNEIRO




PREITO













PREITO

Sussurram copas
no ocaso de outono.
Cantam aves
No hiato do juízo.
As horas cravam
sentires de dor.
Badala o bronze,
acelera instantes.
Belo é o cenário
alheio a circunstâncias.
Cores da estação
dominam a vista.
Girassóis circundam
seu corpo inerte.
Último mimo
a seu gosto na terra.
Tinge-se de ocre
o campo do adeus.
Olhos parados,
tomados de espanto.
Imaginário perdido
um futuro sem ti.
Deitam-se no preito
os tons da saudade.

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