UM POEMA DE EWALDO SCHLEDER












MESA VAZIA

Peçonhenta
persevera
persiste
no próspero
prostíbulo
onde Maria
não se fia
nos fios da trama
mas fia a paga
na cama
no cofre
um quadro na parede
da santa ceia
que cedo se abre
na fresta da
festa
e todos saem.
À mesa vazia
laico profeta
prova
o provérbio
encantado
que provém
também
do além.
Como as fadas
de Marrakesh
e Belém.
Amanhece
deserto
decerto
aquele é o sol
estrelado
estalado
estatelado
no fim
do silêncio
na escuridão
do horizonte.

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