UM POEMA DE FLAVIANO M. VIEIRA
IMPELE
eu vejo cura na clausura
que a segue
amarga flor
quando a culpa a persegue
em desamor
solitária toda entregue
eu vejo luta quando a cura
não consegue
amarga flor
sem um fim que a sossegue
fugaz torpor
que de tudo a acomete
eu vejo fuga de tortura
que se inscreve
amarga flor
que se instaura e subverte
rodar do ardor
que o espinho traz na pele
eu vejo tumba na fissura
triste e leve
amarga flor
que a vida nos impele
amarga flor
que o verso entristece
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