UM POEMA DE REGIVAN SANTOS
há um corpo estranho
as veias da casa ainda gritam
mas há um corpo estranho
vagueando entre os homens
as vozes dos homens
entre o nada e o sopro de tudo
o que cabe no recinto humano
um estranho corpo
estranho ao acaso
rusga engarrafada da noite
há um corpo estranho
e o ar arde outra vez
no silêncio o corpo existe
ainda que inerme
resiste
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