DOIS POEMAS DE EWALDO SCHLEDER

 





FUGA DO PARAÍSO

 

Já não basta

guindar o sujeito

ao ápice.

Ele não se acomoda

nessa posição.

Pois sempre segue

à risca

o estatuto da

mediocridade.

Manter-se assim,

tão pabola,

traz o que revela

querer por

todo o tempo,

lhe faz mal.

Nenhum outro lugar

serve para ele.

Só zona de conforto

 em fuga do paraíso.

A felicidade

É uma ameaça letal.

Arriscar não,

por que tentar

perder?

Eis a questão

inglória,

a que não leva

ninguém nunca

a lugar algum.



ESQUECIMENTO

sem cenho

sem céu

se encerra


a ave voa

o desencanto

este é seu ofício


céu aberto

no ar

condicionado


qual a senha

desse céu azul

granada?

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