UM POEMA DE REGIVAN SANTOS




 voz do vento nas paredes

juntando meus cacos 

ruído a corroer a carne

no andaime do peito


sede ancestral

horas suspensas no abismo

prefácio do sono

germinado no prepúcio do tempo


não irás à sepultura

comungarás comigo essa noite


hoje saciado 

esperarei o rio dobrar a esquina

tecendo mais um dia

na urdidura do mundo

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