UM POEMA DE DIRCE CARNEIRO

 







CASULO

sem o sal das palavras

o sabor dos verbos

o paladar dos sons


Seguem os dias 

cinzentos

a bruma 

entre viver e existir


Cedo à dieta magra

impulso 

de só permanecer

enquanto o corpo 

elimina excessos


A dialética já não seduz

não acende vocábulos 

no mundo gordo de vazios


Deixo o curso esvair-se

um rio não olha para trás 

nem luta contra barreiras


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