UM POEMA DE JORGE AMÂNCIO
PENHORAS & PENHORES
Saúde borda
estrela de seis pontas
à pele ébano,
noite dos cristais.
Educação
muleta do sono,
uma anaconda velha
arrastando-se
na árvore da morte.
O São Jorge, o coité, o alguidar
os vinis da clementina de jesus
o cão andaluz
a persistência da memória
o nome da rosa do povo,
conquistas diluídas
cárceres enegrecidos
necrotérios corroídos
manicômios suicidas,
penhoras e penhores
círculo de horrores.
O amanhã
cada vez mais longe
cada vez mais ontem.
apoiam a casa grande
sem saber
que são escravos.
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