UM POEMA DE REGIVAN SANTOS

 








a vida passa entre os dedos do poeta

seus dentes espremem os dias

os olhos veem as árvores engolirem o sol

sua redenção está na boca da cova 

                                   [mas]

na cova não há leões

                                  são poemas/

maus poemas

não existe fome alguma

e a sede é lembrança de um tempo em que não existiu vida


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