UM POEMA DE MARLI FRÓES
CAÇA ÀS BRUXAS
Os algozes uivam na noite
pintam a caricatura
de nariz adunco
vassouras, verrugas
reverberando.
Na surdina devoraram
corações
expõem os dentes
vorazes
em sadismo dissimulante
Os algozes
varreram as mulheres
desde a sua
raiz primeira
em Eva ou Lilith
e continuam a devassa
nas praças,
redes sociais
salas de aula
Juízes chinfrins leram o martelo das feiticeiras
a caça às bruxas continua.
Mal sabem que elas, as bruxas,
São alquimia:
vestidas ou nuas,
ressurgem,
ao sol,
brisa
ou lua.
Obrigada Cláudio pela publicação.
ResponderExcluir