UM SONETO DE EDIR PINA DE BARROS

 











PLURAL


Eu não perdi no espelho minhas faces,

carrego em mim aquelas que eu vivi.

Não sou apenas quem está aqui,

contenho tantas outras interfaces.


Resulto de mil tramas, entrelaces

daquelas que já fui, de quem saí,

de todas que deixei, quando eu parti,

a carregar as marcas dos impasses.


Não sou nenhuma dessas refletidas,

transporto em mim a essência de outras vidas

tramadas, entre si, por nós e laços.


Em cada qual eu trago  a própria história,

sou síntese de todas, na memória

de suas lutas, glórias e fracassos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

TRÊS POEMAS DE JORGE AMÂNCIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO