POEMAS DE PAOLA SCHROEDER
Toda beleza deve morrer
Corpo- fagulha.
Olhos aprisionam
teu colo que trago
a todo peito.
Quadril falseia o desejo,
dança com força e medo.
Cravo minha loucura
e prazer nos teus seios.
Meus dedos dissimulados
tangem tuas coxas
e ignoro teu desejo.
Ofegante em meu leito.
Ofélia no leito do rio.
FADO
Brilha líquido
em céu rugoso.
Lança a conceber estrelas.
Desmame de pássaro.
Sonha o falo
seios fartos
na mão do passado.
DOCE ROLETA-RUSSA
A beleza me observa e desvenda onde me toca.
Desejo emudece nos lábios.
Passos de catedrática adormecida ecoam na pele.
Cerro os olhos
em fuga.
Fantasma de sumidouro.
espirito a ranger joias,
ressuscita!
Estrada de plátanos escorre pelas mãos.
Sensações que derrapam na contramão das tuas digitais.
Proibida, atada entre espaços.
Carne a renegar fibras.
Bela, sempre bela.
Beleza que elejo dentre todas as outras
a manter-se viva.
Doce roleta-russa,
por favor não trave
enquanto ainda sou teu alvo.
Comentários
Postar um comentário