UM POEMA DE LOURENÇA LOU








COPO DE DESESPERO

ao fim


labaredas lambendo 

o ar


canto de jaó 

alonga-se no cerrado


choro de rio 

a serpentar solidões


- silêncio



a termo


cólera de nuvens 

alagando a paulista


ciático da economia 

a corromper códigos


ausência de justiça

na ordem dos valores


- caos


ao fim e a termo

um copo de desespero 


aguardente 

de misérias anunciadas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

OITO POEMAS DE SIDNEI OLÍVIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO