UM POEMA DE MARLI FRÓES

 











PEDREIRA DE XANGÔ

 

sair de Aruanda

fazer flauta da face animal

tocar a raiz

chegar na  raiz ancestral

 

não respirar dói.. dói

salve machado do pai xangô!

 

canto-raio rasgará as vestes

as peles  dos homens

que seguem cartilhas da violência

 

não respirar dói.. dói

salve machado do pai xangô!

 

mortalha  do negro

veio dos navios negreiros

hoje

sudário dos excluídos...

 

embrulha os estômagos

 acende todas as dores

de uma sociedade

em restos mortais

 

não respirar dói.. dói

salve machado do pai xangô!

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