UM POEMA DE REGIVAN SANTOS

 

CORROSÃO

Tempo-cobra

troca de pele 

a cada estação

veneno continua

apodrecendo

a carne das presas.


O entardecer é um lago fundo

nadar a angústia da pele

silêncio amargo

tira o sono dos fortes.


Fôlego dilatado no espelho

é o grito dos oprimidos

saem às ruas vazias

espreitam mais um dia.


Espadas e revólveres

lanças e fuzis

a mesma corrosão

o mesmo dente mastiga os homens.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

OITO POEMAS DE SIDNEI OLÍVIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO