UM POEMA DE PAOLA SCHROEDER
O OLHO DA LUZ VERMELHA
Nas costas o aço atraca derramando pessoas
Esta Veneza de astrolábio partido encerra destinos em suas vielas
Passos desnudam as calçadas procurando pouso
Já é hora de a noite banhar-se pelos canais
A multidão aflora pelas portas dos bares
que se escondem gentilmente das vitrines
Tráfico legal da carne
Nu exposto em euro
Sexo dentre as muralhas
o amor é feito em notas
na casa de Rembrandt e Van Gogh
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