UM POEMA DE LOURENÇA LOU

 












LINGUAGEM FIGURADA DE ARREPIOS


preciso da espada de fogo

de um querubim

a me santificar intimidades

respirar de olhos fechados janes joplin

sua loucura sagrada

versos amaldiçoados de bukowski

a queimar corpo

doçura da voz de caetano

repetindo

os comunistas os comunistas


ainda ontem

sonhei com garrafas de malte

latejar de poesia

vinil e beijos no ouvido

acordei com tumultos

de pedras no estômago


já não tenho prevenções virtuais

:

derreta-me

em caldeirões de prazeres poéticos

colha-me

na linguagem figurada de arrepios

mate-me com fervor de vida


sobrevivo


da cama

vejo uma pintura de modigliani

imitando minha nudez

e a mudez mutilante 

destes dias de peitos paralisados.


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