UM POEMA DE DIRCE CARNEIRO
EM CÓDIGOS DESCE O VÉU
contorno a penumbra da noite
véu de chuva esmaece o dia
som de trovões acorda de sonhos
raios lampejam, só tênue chama
sugestão da névoa em riscos molhados
toda vida envolta nas incertezas
unir pontos de chuva em labirinto
a saída, molhar-se, enlamear-se
lavar-se nas mesmas gotas de barro
tornear-se nas mãos umedecidas
pés no pedal, novo em formatação
atenção nas filigranas, detalhes
o diabo mora nos sutilezas
preencher frestas com dedo certeiro
por à unha, inscrição do mais secreto
cravar com sangue o Sol que se avizinha
Bom ler e ter a impressão de que veio da poeta em mim. Grata Cláudio
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