UM POEMA DE LUCIANA BARRETO
TEIA
as aranhas enredam
seu
engenho táctil
bordado aço
em teias
móveis
ordenados fios
em trapézio
aéreo
e a vida segue
seus
enredos rotos
e vez ou outra a trama ensaia
palavra armada
sustentada
firme
a aranha urde
sua
seda exata
dália suspensa que se abre lenta
que se despetala súbita
lunar
que se abre translúcida única
ao salto elástico
ao
malabarismo vário
a este fado breve
inconsútil
imemorável
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