UM POEMA DE SIDNEI OLÍVIO
SONHO DE CARNAVAL
as mãos foram amputadas.
os braços esticados
formando serpentinas
estacaram dor e sangue.
entrelaçados
como fantasia mal feita
(as pernas intactas)
desfilaram avenidas em fuga.
romperam o medo.
suaram o frio.
aliciaram a morte
sem enredo.
pierrina e colombot
acordaram plasmáticos
diante da tv.
depois, desfizeram-se
em cinzas.
(era meia noite de terça-febre
sem confetes nem perdão).
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