DOIS POEMAS DE CELSO VEGRO

 











MUNDO MÁQUINA

 

Constelação de substantivos

copernicanos,

em mescla

com cintilâncias verbais

vierinas,

fusionam em alquimia

paracelsica.

 

Tetis (a elemental),

revela-nos:

todo o engenho

cósmico,

nove esferas abaixo

concentra,

escórias pedregosas

e mares aposentados.

 


 

Transfixar mantas

do tempo

(espaço sidéreo)

exaspera Parmênides,

pois tentáculos galácticos

confundem

vesgueares medusantes.

 

Coruscantes nebulosas

remotas e transluzentes,

aquilombolam

no sidéreo silêncio.

 

Chaves do céu,

universo em expansão

(assente na destruição

- prevê Avicena),

não permite

nenhuma luz

no recôndito da caverna.

 

 

ACEPIPE

 

Cauteloso cuitelo

paira exibido

sua epiderme metálica,

escarlate.

 

Sob impulso de asas,

vigorosas,

percorre trilhas florais

e os trajetos do néctar.

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