DOIS POEMAS DE MARINA ANDRADE
Mas,
caras...
Máscaras
postas
máscaras caem
máscaras marcam
marcos:
lamentos
sombrios
tempos.
* * *
leva os
meus ais
pra
longe
pra onde
eu não os escute nunca mais
quero paz
não
bastassem as noites vazias
agonias
vem
lembranças de tempos atrás
basta
leva
lava tudo
chuva
fina
sem olhar
pra trás
sem
rastro
gesto
palavra
ou aceno
me deixe
peixe
fora d'água
morta
estrangulada
mas
lavada a alma
leva
chuva fina
leva os
meus ais
pra onde
eu não os escute
nunca
mais
Muito boas, Marinas, a primeira prestigia o momento, a circunstância, e a segunda é intimista, e vc gosta de prestigiar elementos da natureza em sua poesia.
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