UM POEMA DE PAOLA SCHROEDER

 











QUASE VIVA

 

Bebê sem cabeça.

Assim nasceu a vertigem

naquele peito oco.

 

Entre seus dedos

serpenteiam rios e pedras.

 

Letras forjadas no gozo

desenham a superfície da pele.

 

A água arco-íris, quase viva,

atravessando a janela.

 

Corpo do avesso,

olho nu dobrando imagens.

 

Abril toca insistentemente

a ponta da folha que cai.

 

Na rosa-dos-ventos

o futuro suspira sem rumo.

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