UM POEMA DE PAOLA SCHROEDER

 











O AMOR QUE NÃO ESTÁ

 

“Em todas ruas te encontro.

Em todas ruas te perco.”

Mário Cesariny

 

Aberta em pedaços,

trago os restos de minha cabeça.

 

Tormentos se equilibram na ponta da lâmina.

Buscas vigentes pela carne.

 

Quem sabe a dor seja algo sublime.

Me separo daquilo que é impuro.

 

Sem tato, sem gosto, sem língua.

Sem manha para linguagem.

 

Desejo: janela podre, fechada.

Uma fresta, por que raios me encontraste.

 

Hoje silêncio deformado e formalidades.

 

Olho as paredes que me circundam.

Elas voltam reverberando,

 

saudade, saudade, saudade.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

OITO POEMAS DE SIDNEI OLÍVIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO