DOIS POEMAS DE LUCIANA BARRETO

 










OUTONO

 

Devagar

soltam-se

– uma a uma –

as folhas do calendário

devagar

desprendem-se

– trêmulo caule –

as folhas do desejo

devagar

desvanecemo-nos

– lado a lado –

silentes exaustos

devagar

o outono

– a todos –

incandesce

 

TELA

 

Abraçamo-nos

em silêncio blue

– tela volátil

 

de longe

os teus dedos

– longos firmes –

abrem-me

todas as palavras

 

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