DOIS POEMAS DE PAOLA SCHROEDER
ONDE A BELEZA SE ESCONDE
Relicário onde o sol sublima.
Meu olhar decadente.
Fim de tarde revoada de rosas.
Minha infância envelhecida.
Amarelo que te quero azul.
Signo suspenso na boca.
Tão suave que parece etérea.
Dedos a desfolhar o mar.
Areia furtiva
furta-cor.
Memórias em ramas.
Mão cadenciada no rosto.
Escuridão reclama tua ausência.
Teu jeito solar esquecido na lembrança.
Me acolho em sete chaves.
Desperto minhas sombras.
Beleza se põe sob meu choro.
ESTRANHEZA
Montanha flui
sobre ossos.
Aqui o mar.
Olhos, sombras.
Acordar é um susto.
Aqui o inominável
prestes a partir.
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