UM POEMA DE ANDREA MORAES
PISTON
Por que vens à meia noite
cavalgando espuma
com o piston à frente da minha casa?
Tranca-rua; tranca-jardins.
Não se cansa, não faz pausa
colhe as notas, na massa de sons
desconexos.
Em tudo que vejo
te vejo. Corpo de sopro,
lábios de morder.
Chão da boca, jamais colada.
E no azul do acorde
me acode,
me salva
da pasmaceira noturna.
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