UM POEMA DE DIRCE CARNEIRO
MEDO
Transita nas entrelinhas
da valentia,
no palpitar das veias.
Oculto na coragem aparente,
destemido salto com a vara da ousadia.
Insinua-se na visão do
infinito
a incógnita metáfora da
travessia,
onde, ali mesmo,
o arco-íris desenha
monumental ponte de cores:
braços abertos em aquarela,
convidativos:
deixar medos e cismas
serem levados pela torrente
finda.
Uma ave atravessa o céu,
na ponte colorida da mente;
então, nas entrelinhas vejo
que o medo é nenhum –
apenas sobressalto que
ilumina
debaixo dos pés.
É emoção ver meu poema ganhando voos. Muito grata por essa surpresa!
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