UM POEMA DE SIDNEI OLÍVIO
À
SOMBRA DOS CICLOS
vultos à volta
movem-se lentamente
feito lembranças
de um tempo ardiloso
o espelho prende à parede
translúcida realidade -
anverso das manchas de aço
no impressionismo da face
em vestes esvoaçantes
(à moda dinâmica dos fantasmas)
cortinas balançam o vento
revolvem poeira
sobre o soalho de pedra
que atravessa corredores
da casa ancestral
estiagem que anuncia
finitude de estações
nesse acúmulo de setembros
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