UM POEMA DE EVILÁSIO JÚNIOR
ENIGMA
um deus sem mãos
escreve destinos
traça descaminhos
nos lábios da divindade
apenas enigmas
não há respostas
só o som oco do silêncio
os olhos de um deus cego
vagam pelo espaço
escavam buracos negros
perdem-se na eternidade
um deus-eco reverbera
nas frias paredes do templo
na pele pálida do pregador
uma tatuagem quase apagada grita:
“Deus está morto.”
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