UM POEMA DE EVILÁSIO JÚNIOR
CHÃO
carcará vadio
vagueia no sertão
das entranhas
desabrocham
solitárias asas
nas cansadas retinas
imagens e lembranças
crescem vorazmente
fugacidade devora ponteiros
é lâmina afiada
abre feridas
neste chão de ausências
redesenhando a geografia
foice retalha distâncias
sangra o Mearim no meu peito
saudade sobrevoa a Pedra Grande
minhas penas pesadas
ainda serão plantadas
neste lugar.
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