CINCO POEMAS DE CELSO VEGRO

 












INDOLENTE

 

Não morrer

jamais,

eis a maldição do junco.

 

Lá, debaixo d’água,

eternamente. crescer.

 

* * *

Infatigáveis

seres torturados

mordidos pelo frio

estremecem

em ruído amargo

e olhar de tropeço.

 

* * *

Na fervura do desprezo

território da neblina

e matéria dos sonhos,

ecoam súplicas.

 

***

Calcando galho seco

num sopro

de animal selvagem,

entrecortado,

feriu-se na alma.

 

APOLÍNEO

 

Calafrio,

percorre rota singular

até as espaldas,

ao avistar

a eloquência

daquelas ancas.

 

 

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