UM POEMA DE EWALDO SCHLEDER

 

 








OITO MINUTOS

 

Meu nervos, são de cristal os meus nervos.

Qualquer vento forte o quebra.

Um som agudo poderá trincá-lo.

Um outro, grave, o transformará em pó.

Meus nervos. São de cristal.

À qualquer cerimônia irá partir-se todo o cristal.

Mas meus nervos estarão protegidos, por causa da dor.

E somente teu suspiro ou teu beijo – teu gozo – poderão parar a dor.

Lembra-te sempre que são de cristal os meus nervos.

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