TRÊS POEMAS DE CELSO VEGRO
JUSTA
Laurel de espinhos
adorna
cabeça de dragão,
dobrando
valente oponente.
Assim como
corno do escaravelho
perfura pálpebra
do unicórnio albino,
quando joelhos dobram
rompendo cúmulos-nimbus
onde dobram sinos.
***
Raízes retorcidas
procuram
o segredo das manhãs,
que lhes escapam
no próximo instante
em átomos do tempo.
***
Inamovível
pedra imantada
na primavera de abril
gaguejante,
espalha e recolhe
em sinuosas linhas,
indo novamente
em busca
do que for preciso.
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