DOIS TANKAS DE JORGE AMÂNCIO

 









TANKA 1

 

famélicos tropeçam nos cadáveres

pulôveres vestem corpos esqueléticos

 

voos negros chicoteiam o efêmero

pássaros raros revoam em círculos

séculos cerram as janelas do exagero

 

 

TANKA 2

 

corpo conforta-se no papelão

vestes leves no quase-morto

 

o cão de olhos caídos

assiste imóvel aos passantes

despercebidos da falta de ar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

TRÊS POEMAS DE JORGE AMÂNCIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO