UM POEMA DE MARLI FRÓES
CADERNO DE AREIA
A folha do tempo
arrasta a poeira das horas
No ouvido da mulher
um desagravo.
No ouvido do mundo
silêncio se faz poesia
dedos do vento,
escrita sôfrega,
texto fecundo dorme
nas lanhuras da ferida,
brota quente
no colo da mãe
vira samba de roda
para a mulher dançar
sua revolução
A folha do tempo
tem sua própria música
semeadura e cura...
nos interstícios de mistérios.
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