UM POEMA EM PROSA DE CLAUDIA SLAVIERO

 









esquecimento é o sótão que acolhe chaves sem uso, meias ímpares e a essência dos sonhos; lugar de meia luz, suficiente para encontrar o aroma de ervas da avó; ecos do beijo da mãe na antemanhã;

pesadelos são hóspedes em porões; é preciso aprender a apneia e aparatos para suportar o frio abissal: pulque ou psicanálise;

(um anagrama para pesadelo é “pães de ló”; delicados à primeira sensação, mas de penosa deglutição); mesmo um sonho perturbador inicia com suave pouso das pálpebras.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

TRÊS POEMAS DE JORGE AMÂNCIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO