TRÊS POEMAS DE CELSO VEGRO
Viés de sombra
sobre planta
pontilhista,
inexata,
de cores
e matizes
imperfeitas
saúda o instante,
sufocando o peito
em ciclos
veementes.
Há desencontros,
na alameda do zoo.
DESATINO
No suor
dos sonhos,
lágrimas
são concreto.
Na calçada
dos soluços,
somos
os mortos.
No solo
das águas,
milagres
são desatinos.
No útero
do porvir,
jaz
corpo alheio
AMOR DOS INFELIZES
Capela paciente
exala alma
com largueza
onde
rezam-se breves
e breves partem
sem se importar
com o carpir
dos mortos.
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