UM POEMA DE ALEJANDRO LLORET

 

 









Cônica de cotovelos aquosos grito guita com espuma de mordida justifico em círculos  poderia ser um pacto na barraca gris poente aí é broto sofre outro olhar se esconde no furtivo  lábio-anelar designa dimensões de preto em pescoço impróprio de cores e declara sombra colapsada mancha a lente difícil que mente angular cúmulo ledesma do lado do avô desmaia na rocha um estado submerso dobrar a tela é ficar com aflições gris tangente gris de asfalto vez do cinza que mata gente subjugar a opacidade asila e se desprender do prato em vezes a alba reconhece que não verás não lerás não saberás que a fruta oferecida no túnel é o espaço perdido a caminho para o vazio deter o bis-dobradiça visão circuito aberto holofote de sogra rumo ao prodigioso objeto sem ser-coisa deflagrada em lustre e no tapete filetado um dia impar de borboleta não queiras que a areia fale do irresistível bico-de-verso  o falcão devora a margem de uma flor excreta em rugas de luz na memória recomeça sua espinha e a página insaciável não-sei-não sei se é fímbria de parvatti demo geme sob remo noturno ou se o sabre corta cristais larva-verbais os cascos  da alma-devassa servem licor atento espanto iminente entre pernas polegares corrompo tua ausência como se não fosse possível o rumo de um quadrado ou afogar-se no om alheio  intervindo no prestígio do teu rosto por trás da cicatriz do trovão se eu disser borda as minhas menstruais ao último moinho teu elemento fecundo-oriundo-de-orixá em palavra safári digo sem você sem mim sem gonorréia trem em trígono fronha ou tegumento que em haiku-dô se espairece

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POESIA

TRÊS POEMAS DE JORGE AMÂNCIO

NOVE POEMAS DE JORGE AMÂNCIO