DOIS POEMAS DE EWALDO SCHLEDER
ESPELHOS Olho para minha pequenez e minha grandeza. Penso nas coisas da vida e nas figuras humanas recortadas – frisadas, borradas, vivas. Cogito aquelas que perdi, as que deixei fugir. As que me escaparam ou despencaram. Pessoas e coisas. O querer, o poder. Situações de vida a decidir todo dia, o dia todo. Coisas mínimas, Médias, máximas. Quando fruto da educação, esse querer se arquiteta entre fios de imaginação e células testadas na vida desde sempre. Um dia essa trama imaginária libera o ataque e o movimento. Mas paralisa os sentidos do querer e do poder. Desprezam reivindicações. As mais legítimas. Em demonstrações a ignorar o tom essencial, humano. Ao me tomarem o livre-arbítrio, destruíram o meu destino. Por duvidar de minha sorte, desde quando era manipulada, nunca pude bem acreditar na vida. Mantive-me entre as vertentes ...