HOMENAGEM A CARVALHO JUNIOR
PÁGINA EM BRANCO Palavra é lâmina exposta. A letra também. A metade da letra, idem. A dor da letra talhada é encenação do além. O corte do poema é. O poeta, então, passa a ser o que deveras sente. Quando cai aos céus na lenta volúpia da ida ao irreal. Passa a ser corpo de algaravia. Esquece o vazio da página em branco, que suporta o mundo. Faz-se elipse. Toma para si o limiar dos silêncios. Maurício Simionato A EFÍGIE DA NOITE A morte ecoa no vão da porta eleva os cabelos do corpo estranho e lentamente senta ao lado do amigo. A morte ressoa nos quatro cantos do quarto caminha no chão despido e louco e deita ao lado do amigo. A morte é a efígie da noite sopro chapiscado no horizonte apaga o ruído da rua e o amigo já não existe. Regivan Santos BILHETE A FRANCISCO CARVALHO JÚNIOR (em memória do nosso irmão que partiu hoje) Repara, meu irmão, como an...